Autista tem passagem cobrada apesar do passe livre e passam sufoco
Em uma ocasião a criança ficou agitada na parada de ônibus, mas o pai não pôde pegar o ônibus pois a passagem estava marcada para um horário mais tarde e mesmo não tinha dinheiro.
Pais
de pessoas com transtorno do espectro do autismo estão revoltados com a atitude
de alguns cobradores da empresa de ônibus responsável e titular pela linha
Altos-Teresina-Altos. Segundo denúncia de um dos pais que não quis se
identificar, a empresa fornece as passagens, mas com horário marcado e
previamente agendado a critério da empresa. O pai reclama que às vezes tem uma
consulta mais cedo e não pode usar do direito, pois às vezes o horário de saída
de Altos é mais tarde e nisso tem que pagar pela passagem dos dois, criança e
pai.
Em
uma ocasião a criança ficou agitada na parada de ônibus, mas o pai não pôde
pegar o ônibus pois a passagem estava marcada para um horário mais tarde e
mesmo não tinha dinheiro. Ele fala que a maioria das paradas não são confortáveis,
tem que ficar no sol e com muita aglomeração de pessoas, o que acaba provocando
situações como essa com seu filho.
Uma
vez, o pai relata que teve que pagar a passagem dele e do filho, pois ao entrar
em um ônibus a passagem do passe livre estava com horário que já havia
ultrapassado, pois segundo o pai a consulta que havia ido fazer pelo SUS em
Teresina demorou, mas mesmo assim o cobrador disse que não tinha o que fazer
que se não pagasse o mesmo deveria descer na estrada com seu filho especial.
A
lei do passe livre não trata de horário específico para uso e, portanto, é um
direto que vem sendo negado por diversas famílias de Altos e região pois muitas
terapias e consultas são feitas na capital e os pais e familiares são na
maioria pessoas carentes e não têm transporte próprio para conduzirem seus
filhos para o tratamento.
Os
pais esperam que com a repercussão da matéria a empresa se sensibilize e pare
de continuar negando um direito garantido em lei.
A
empresa Barroso, empresa que tem a concessão Altos-Teresina-Altos, informou que
eles têm o dever de levar dois passageiros, que seja policial, idoso ou
portadores de necessidades especiais, por locomoção e que devido a grande
demanda na cidade de Altos, muita das vezes são necessários alguns passageiros
que se enquadram neste perfil, esperar outra locomotiva, vez que a locomotiva
daquele horário já estar completa. (A redação)
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